Ney Matiel Pires

Ney

Na época da pesquisa com 48 anos de idade, lecionou Ciências Naturais e Matemática em estabelecimento de ensino secundário na cidade de Mirassol.

Desde a adolescência, demonstrou inclinação pela natureza, sua grandeza e seus segredos, especialmente os da astronomia.

Com o seu telescópio de 4 polegadas chegou a fotografar manchas solares.

Procedia a escavações nos arredores de Mirassol, encontrando na formação “Bauru”, da idade Cretácea, osso de dinossauros e de tartarugas, achado mais tarde, em 1948, confirmado e classificado pelos cientistas ingleses Ivor Pruce e Henry Williams.

A partir de 1952 interessou-se pelo maior enigma de nossa época: a presença entre nós dos Discos Voadores, com as suas aterrissagens, e os contatos esporádicos de seus tripulantes com nossas populações.

Pesquisou o Caso de Mirassol ocorrido no dia 28 de junho de 1979 pelo Grupo Aura, com a ajuda de duas sessões de regressão hipnótica no abduzido Antonio Carlos Ferreira, conduzidas pelo parapsicólogo Álvaro Fernandes e auxiliada pelo falecido doutor Walter Karl Bühler, ex-presidente da “Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores” (SBEDV), Fonte: Livro Branco dos Discos Voadores.

Nas palavras de sua esposa, Lourdes Pires:

"Filho de Miguel Pires e Maria Izabel Matiel Pires. Descendente de famílias ilustres, de um lado os Pires educadores eméritos e criadores de escolas e do outro lado os Estrela, pessoas ilustres e brilhantes.

Foi uma das pessoas mais honestas que já conheci, dono de uma mente brilhante, uma capacidade de raciocínio rara, um gênio, sempre nos surpreendendo com suas invenções e criações, nós o chamavámos de Professor Pardal.
Um guerreiro, um forte, dono de um físico escultural, perfeito, uma saúde de ferro, não reclamava de dor, poucas vezes o vi esmorecer.

Era um romântico, descendente de Italianos, vivia ouvindo e cantando músicas Italianas, era sarcástico, irônico e brincalhão, um gozador.

Com 12 anos levou uma surra porque sumiu de casa o dia inteiro e só apareceu ao anoitecer, mas havia arrumado um emprego em uma farmácia e estava trabalhando, não parou mais de trabalhar.

Trabalhou 37 anos na Prefeitura Municipal de Mirassol, sendo que 35 anos foram na ETA (Estação de Tratamento de Água) onde era chefe químico e responsável pelo setor; professor, lecionou matemática, física, química, biologia e geologia.
Em 1971 seu nome ganhou repercussão pelo achado arqueológico de fósseis na região, provando que há 280 milhões de anos, de Araraquara ao Mato Grosso e de Fronteira ao Pantanal foi tudo um grande lago, onde se formou um verdadeiro jazigo fossílifero, trabalho este publicado no jornal "O Estado de São Paulo" em 1971.

Nesse mesmo ano publicou várias reportagens sobre astronomia e ufologia.

Foi astrônomo amador, conhecia o céu como a palma da mão, tendo publicado vários artigos sobre o assunto.

Foi um grande ufólogo, tendo feito muitas pesquisas e participados de alguns congressos. Publicou centenas de artigos sobre o assunto, e tão modesto que era jamais teria publicado o seu livro se não fosse pela insistência de seu grande amigo Dr. Walter Karl Buhler, permitindo mesmo que seu livro fosse publicado em nome do amigo, por este ser mais conhecido nos anais ufólogicos, o que facilitaria a divulgação e aceitação do seu livro; apesar de tudo era simples e modesto, nunca quis aparecer, dizia que pesquisava para si, para satisfazer a sua curiosidade. Esse mesmo livro foi lançado nos EUA, pelo Coronel Wendelle C. Stevens.

Foi tão grande o sucesso do seu livro, que teve destaque na imprensa nacional e internacional.

Amante da natureza, um ecologista nato. Foi precursor em várias áreas: na adolescência, fez sua academia de musculação, fabricando todos os aparelhos, se tornando halterofilista. Foi um dos primeiros a ter aquário e criação de peixes em nossa região.

Na década de 70 assombrou os eletrotécnicos da região quando fabricou seu aparelho quadrisônico, recebendo vários elogios, inclusive do Sr. Romeu Zerati.

Destacou-se em fotografia conseguindo o segundo lugar em um concurso realizado em Niterói.

Na ânsia de sempre pesquisar e saber mais construiu seu próprio telescópio de 6 polegadas.

Todo mistério o fascinava, se sentia atraído pelos cálculos de Aimé Michel, que foi o primeiro a aplicar o método analítico ao fenômeno UFO, muito difundido nas linhas ortotênicas.

Se tornou profundo conhecedor do fenômeno UFO, sendo convidado a formar um grupo de ufologia na vizinha cidade São José do Rio Preto, onde foi eleito primeiro presidente do grupo AURA, pesquisando toda a região qualquer notícia sobre o assunto que chegasse ao seu conhecimento.

Gary Dale Richman, correspondente do National Enquirer, fascinado com suas pesquisas, veio entrevistá-lo, mandando seu trabalho para o referido jornal, despertando a atenção do público Norte-Americano para o assunto. Em função dessas pesquisas, o jornalista retornou acompanhado do pesquisador e ufólogo Dr. Walter Karl Buhler dos ufólogos norte-americanos Paul Sheppard e Bill Ornelas, da "UFO Contact", pesquisa financiada pelo pesquisador e ator Dennis Weaver, no período de 20 a 27 de Julho de 1986.

Estiveram também pesquisando o assunto duas caravanas vindas do Japão, em épocas diferentes. Concedeu entrevista para o repórter Jun Ichi Yaoi, da TV Achi e TV Nippon Television Network, de Tóquio.

Manteve correspondências regulares com a Association Et Revue LeSabrieri, de Marselha, França, e com o Professor Doutor Rafael Augusto Palmero, de Jalapa, Vera Cruz, México, e com os Brasileiros a ufóloga Irene Ganchi, A. J. Gevaerd (editor da Revista UFO), Claudeir Covo (São Paulo), Marco Antonio Petit (Rio de Janeiro), Maria Regina L. Zucato, Stela Maris e José Eduardo Maia (Uberaba, MG), Lafayette Cyriaco (Macaé, RJ), Alexandre Calandra, Adair Dutra Bugini (Bauru, SP), Ari José Mallmann Homem (Ribeirão Preto, SP), entre outros.

Como esposa, numa convivência de 50 anos, tentei traçar em poucas linhas o perfil de um grande homem, cuja ausência, deixou uma lacuna somente preenchida com a nossa dor e saudade".

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